Ilustração e Mural por Sara Francisco
Halobatrachus didactylus (Bloch & Schneider, 1801)
PT - Xarroco ou Charroco
EN - Lusitanian toadfish
FR - Crapaud-lusitanien
ES - Sapo lusitánico
EN - Lusitanian toadfish
FR - Crapaud-lusitanien
ES - Sapo lusitánico
Referências e factos científicos dos animais representados por Ana Marta CostaLicenciada em biologia, Mestre em recursos marinhos - pesca artesanal. Entusiasta pela ciência da vida, trabalhou em diversas áreas da biologia e é apaixonada pela divulgação científica, educação ambiental, conservação da natureza e cidadania activa. Adora trabalhar por uma boa causa!
︎︎︎ 50 cm
︎ 10 - 50
m
︎︎︎ 9 - 10 anos
︎ Solitário
︎ Lodo, Areia e Rocha
︎ Crustáceos, Moluscos e Pequenos Peixes
︎ Redes de Emalhar e Artes de Arrasto
Preocupação menor (LC) significa que foi avaliada em relação aos critérios da Lista Vermelha e não se qualifica para Criticamente Ameaçada, Ameaçada, Vulnerável ou Quase Ameaçada.
- Lembra os batráquios, até pode ser chamado de peixe-sapo, pois tem um corpo relativamente curto e robusto com cabeça e boca grandes e pele lisa sem escamas coberta de muco. Os olhos são pequenos no topo da cabeça
- Tem coloração variável geralmente castanha, com numerosas manchas castanho-escuro de diferentes tamanhos que formam bandas transversais irregulares no corpo e linhas longitudinais e radiais de pequenas manchas escuras nas barbatanas
- Vivem em águas costeiras e estuários portugueses de pouca profundidade, são peixes solitários e sedentários e predadores de emboscada, enterrando-se parcialmente na areia ou lodo e ocultando-se em fendas nas rochas onde aguardam a sua presa
- Os machos fazem ninhos perto uns dos outros e, através da bexiga natatória, produzem sons durante o processo reprodutivo. Formam coros bem audíveis, semelhantes a um “ressonar”, para atrair as fêmeas aos ninhos
- A fêmea deposita os ovos no ninho, o macho larga o seu esperma e fica o responsável pelo cuidado parental até que as larvas se tornem independentes
- Existem os machos maiores e dominantes e machos mais pequenos, no entanto, estes últimos possuem uma estratégia reprodutiva diferente, fazendo-se passar por fêmeas e procurando entrar num ninho com ovos, fertilizando-os oportunisticamente
- Os ritmos e alternâncias formam uma importante paisagem acústica para machos e fêmeas, pois “cantam” para as atrair, mas também competem entre machos vizinhos ajustando o seu próprio canto de modo a sobressair
- Devido ao seu “canto”, esta espécie é muito utilizada para estudar a comunicação acústica nos peixes. Um recente estudo provou que a actividade das embarcações está a afectar a reprodução desta espécie, os machos ouvem-se menos uns aos outros e os encontros com as fêmeas estão dificultados com a poluição sonora
- É um peixe com baixo valor comercial, no entanto, é muito utilizado em caldeiradas. A sua presença indica água de boa qualidade, pois não tem grande resistência a águas poluídas
- Charroco é também um dialecto da região de setúbal, também designado por falar sadino ou setubalense. Foi influenciado por imigrantes e ainda hoje é utilizado pelos setubalenses, especialmente na comunidade piscatória, é carrrracterrizada porr falarr com os R’s bem carrregados!
Desova Março a Agosto
Tipo Ovíparo
Maturação Fêmea 26,2 cm
Maturação Macho 30,2 cm
Fecundidade 227 - 1233 ovos
Período de Fecundação 2 meses
Artista
Sara D Francisco desenvolve o seu trabalho artístico digital desde 2007, a ilustradora e designer portimonense transforma conceitos desafiando as normas visuais com seu estilo distinto.
Com formação em Arte tradicional, licenciatura em Design de Comunicação e um curso profissional em Ilustração, Sara cria uma variedade de trabalhos, incluindo logos, pinturas digitais, ilustrações para crianças, design de personagens e murais. Além das peças visuais, a artista procura compreender a essência de cada projeto, garantindo que cada conceito conta a sua história.