Ilustração e Mural por Inês Barracha

Raja clavata (Linnaeus, 1758)

Rajidae (RJC)

PT - Raia-Lenga
EN - Thornback ray
FR - Raie bouclée
ES - Raya de clavos

Informação ciêntífica em colaboração com Ana Magalhães Ferreira Bióloga marinha especialista em biologia pesqueira, amostragem biológica, taxonomia e biodiversidade marinha, esclerocronologia, SIGs.



︎︎︎    139 cm
︎   20 - 700 m
︎︎︎    15 anos
︎  Solitária e Noturna
︎  Rochas
︎  Crustáceos, Peixes e Moluscos
︎  Arrasto e Emalhar




Quase Ameaçado (NT) significa que foi avaliado em relação aos critérios, mas não se qualifica agora para a categoria Criticamente Ameaçado, Ameaçado ou Vulnerável, mas está perto de se qualificar para uma categoria ameaçada ou é susceptível de se qualificar para uma categoria ameaçada num futuro próximo.



  • No noroeste Atlântico, incluindo Portugal, a raia-lenga Raja clavata, é uma das espécies mais abundantes e de maior importância comercial.
  • As raias são elasmobrânquios, uma subclasse dos peixes cartilagíneos à qual também pertencem os tubarões.
  • Tal como os tubarões, as raias têm uns sensores especiais com umas estruturas electroreceptoras (ampolas Lorenzini) que captam os sinais eléticos emitidos pelas presas.
  • É uma espécie solitária, de hábitos noturnos, a fecundação é interna e é possível distinguir externamente os machos que apresentam um órgão copulador chamado de cláspers (tal como na pata-roxa).
  • As fémeas são maiores que os machos e a desova ocorre num intervalo de tempo amplo uma vez que as fêmeas apenas conseguem encapsular dois ovos de cada vez (bolsas de sereia).
  • Os filhotes de raia são muito autónomos desde o nascimento, na maioria das espécies são capazes de nadar e se alimentar dispensando totalmente o cuidado dos pais.
  • Os especialistas estimam que existam cerca de 220 espécies diferentes de raias nos oceanos, lagos e rios de água doce do mundo.
  • Em Portugal existem 10 espécies de raia e estas representam uma importante fração das capturas de elasmobrânquios.
  • Em 2019, uma equipa do Instituto de Paleontologia da Universidade de Viena descobriu um fóssil de raia com mais de 50 milhões de anos. Outros dados moleculares sugeriram que as raias modernas divergiram de um grupo irmão do Jurássico Superior, cerca de 150 milhões de anos atrás.
  • Embora muitas vezes sejam agrupadas na mesma categoria, as raias e as mantas são, na verdade, diferentes. A boca de uma manta está localizada ao longo da borda frontal de seu corpo, enquanto a de uma raia está na parte inferior de seu corpo. As mantas também não têm o ferrão ou as farpas da cauda, e vivem em mar aberto, e não no fundo do mar como as raias.
  • A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN relaciona pelo menos 26 espécies de raias como Ameaçadas ou Criticamente Ameaçadas. A maioria das espécies é pouco conhecida e tem populações decrescentes, dificultando os esforços de conservação.
  • Até recentemente, não existia discriminação específica dos desembarques, atualmente, a União Europeia estabeleceu valores de captura total permitida (TACs) globais para raias para cada um dos estados-membros.




Desova Fevereiro a Setembro
Tipo
Ovíparo
Maturação Fêmea
70 cm
Maturação Macho
60 cm
Adultos no final do Verão
Fecundidade
60 a 150 ovos
Período de Incubação 4 a 5 meses
Comprimento à nascença 110 a 137 mm
Cápsula córnea retangular
Tamanho mínimo de captura 52 cm
 

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